Por definição do Manual da Cadeia Frio e Rede de Frio, elaborado pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), toda sala de vacinação precisa armazenar os imunobiológicos corretamente, com monitoramento e registro para apresentação à vigilância sanitária.
Nos locais de aplicação, como ambulatórios, unidades de saúde – farmácias, hospitais, clínicas privadas etc., os imunizantes dever ser conservados à temperatura entre 2°C a 8°C, sendo que a temperatura ideal é 5°C, pois oferece maior segurança contra oscilações.
Estudos já constataram que a falha na cadeia de frio mais recorrente é a exposição das vacinas a temperaturas abaixo de 2°C, principalmente ao congelamento.
O diretor-comercial da Biotecno, Roberto Olivares, empresa que fabricou o refrigerador que armazenou a primeira dose de vacina contra Covid-19 aplicada no Brasil, ressalta que o país, através do PNI, tem o melhor programa de vacinação do mundo, com regras e normas estabelecidas.
O processo da cadeia de frio deve ser mantido da fabricação até a aplicação. O laboratório, as centrais de armazenamento, as salas de vacinas e todos os outros participantes dessa rede devem realizar o armazenamento e transporte corretamente, de forma que as vacinas nunca sejam expostas a temperaturas fora da faixa estabelecida.
Em síntese, a cadeia de frio é o processo logístico da Rede de Frio para conservação dos imunobiológicos, desde o laboratório produtor até o usuário, incluindo as etapas de recebimento, armazenamento, distribuição e transporte, de forma oportuna e eficiente, assegurando a preservação de suas características originais.
A Rede de Frio é um sistema amplo, que inclui estrutura técnico-administrativa orientada pelo PNI, por meio de normatização, planejamento, avaliação e financiamento que visa à manutenção adequada da cadeia de frio. “As vacinas expostas a variações de temperatura podem ser inativadas, sendo que algumas mudam seu aspecto e alteram suas características físico-químicas. Por essa razão é muito importante que os profissionais de saúde que trabalham com imunizações conheçam as características das vacinas que administram e estejam familiarizados com as normas de conservação e armazenamento das mesmas”, disse Olivares.
A alteração da temperatura de conservação pode comprometer a potência imunogênica da vacina, bem como as características verificadas e certificadas pelo laboratório produtor em determinadas condições ideais de conservação: temperatura, prazo de validade, umidade, luz e outras. Segundo Olivares, vacinas são conservadas nos diversos setores da rede de frio em temperaturas específicas que consideram os antígenos e os adjuvantes de sua composição.